CID-10 F22 – Transtornos Delirantes: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento.
CID-10 F22 – Transtornos Delirantes: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento.
16/05/2025
CID-10 F22 – Transtornos Delirantes: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento
Os transtornos delirantes, classificados como CID-10 F22, são caracterizados pela presença de delírios persistentes e estruturados que não se enquadram nos critérios de esquizofrenia. Esses delírios podem ser de natureza persecutória, ciumenta, somática, grandiosa ou erotomaníaca, e geralmente duram por mais de três meses.
Principais Sintomas dos Transtornos Delirantes (F22)
Delírios fixos e bem estruturados, sem alucinações intensas
Comportamento aparentemente normal, exceto pelas crenças delirantes
Ausência de deterioração cognitiva significativa
Desconfiança excessiva ou paranoia
Percepção distorcida da realidade, mas com preservação da clareza do pensamento
Isolamento social, devido ao foco excessivo no conteúdo delirante
Alterações de humor associadas ao tema do delírio (ansiedade, raiva, depressão)
Tipos de Delírios Comuns no F22
1. Persecutório: Acredita estar sendo perseguido ou conspirado.
2. Somático: Crença de que possui uma doença grave ou deformidade física.
3. Erotomaníaco: Crença de que alguém de status elevado está apaixonado por ele.
4. Grandioso: Sensação de possuir talentos excepcionais ou poderes especiais.
5. Ciumento: Convicção infundada de que o parceiro é infiel.
Causas e Fatores de Risco
Predisposição genética para transtornos psicóticos
Isolamento social crônico
Estresse emocional intenso
Experiências traumáticas
Abuso de substâncias, como álcool e drogas
Distúrbios neurológicos ou condições médicas que afetam o cérebro
Diagnóstico do CID-10 F22
O diagnóstico é baseado em uma avaliação psiquiátrica completa, excluindo transtornos como esquizofrenia, transtornos do humor com sintomas psicóticos e demência. É fundamental diferenciar um delírio persistente de crenças culturais ou religiosas.
Tratamento dos Transtornos Delirantes (F22)
1. Farmacoterapia
Antipsicóticos atípicos, como risperidona e olanzapina, para reduzir a intensidade dos delírios.
Antidepressivos, se houver comorbidade com depressão.
Ansiolíticos, para manejar a ansiedade associada aos delírios.
2. Psicoterapia
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), focando na reestruturação das crenças delirantes.
Terapia de aceitação e compromisso, para melhorar o insight do paciente.
Terapia familiar, para orientar a família sobre a abordagem adequada.
3. Reabilitação psicossocial
Grupos de apoio para reintegração social.
Programas de treinamento de habilidades sociais.
Atividades ocupacionais para promover a autonomia.
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psicanalista
Cleyton L.Vieira